quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mensagem do Rev. Roberto Brasileiro sobre aborto e homofobia.

Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia.I – Quanto à prática do ABORTO, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados anualmente pela prática clandestina de abortos, trazendo a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e que, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas;(2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano, e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto;(3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser;(4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira, e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros;(2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente;(3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto;(4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País;(5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil, não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.Patrocínio, Abril de 2007 AD.Rev. Roberto BrasileiroPresidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vereador e Presbítero da IPB Peniel, proferindo o seu discurso em homenagem aos 150 anos da IPB.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reunião solene da Câmara Municipal de Governador Valadares em homenagem aos 150 anos da IPB

segunda-feira, 20 de abril de 2009

T.U.L.I.P - Os 5 Pontos do Calvinismo

Extraído dos Cânones de Dort e resumidos no acróstico TULIP.
TULIP - Acróstico formado pelas iniciais em inglês.
Depravação Total (Total Depravity)Eleição Incondicional (Unconditional Election)Expiação Limitada (Limited Atonement)Graça Irresistível (Irresistible Grace)Perseverança dos Santos (Perseverance of the Saints)
T
A Bíblia diz que Deus criou o primeiro homem, Adão, à Sua imagem e semelhança. Deus fez um pacto com esse homem a fim de que, através da obediência aos Seus mandamentos, este pudesse obter vida. Contudo, o homem falhou desobedecendo a Deus deliberadamente, fazendo uso do seu livre-arbítrio, rebelando-se contra o seu Criador. Este pecado inicial de desobediência (conhecido como a Queda do Homem) resultou em morte espiritual e ruptura na ligação de sua alma com Deus, o que mais tarde trouxe também sua morte física. Sendo Adão o representante de toda a raça humana, todos caímos com ele e fomos afetados pela mesma corrupção do pecado. Tornamo-nos objetos da justa ira de Deus e a morte passou a todos os homens.Toda a humanidade herdou a culpa do pecado de Adão e por isso todos nascemos totalmente depravados e espiritualmente mortos. A morte espiritual não quer dizer que o espírito humano esteja inativo, mas sim que o homem é culpado (tem um passado manchado) e corrupto (possui uma natureza má). A depravação total não quer dizer que os homens são intensivamente maus (que somos tão maus quanto poderíamos ser), mas sim que somos extensivamente maus (todo o nosso ser, intelecto, emoções e vontade estão corrompidos pelo pecado).A depravação total também significa que o homem possui uma inabilidade total para restaurar o relacionamento com seu Criador. Por causa da depravação, o homem natural, por si mesmo, é totalmente incapaz de crer verdadeiramente em Deus. O pecador está morto, cego e surdo para as coisas espirituais. Desde a Queda o homem perdeu o seu livre-arbítrio e passou a ser escravo de sua natureza corrompida e por isso ele é incapaz de escolher o bem em questões espirituais. Todas as falsas religiões são tentativas do homem de construir para si um deus que lhe seja propício. Porém, todas essas tentativas erram o alvo, pois o homem natural por si mesmo não quer buscar o verdadeiro Deus.Devido ao estado de depravação do homem, se Deus não tomasse a iniciativa de salvá-lo, ele continuaria morto eternamente. O homem natural sem o conhecimento de Deus jamais chegará a este conhecimento se Deus não ressuscitá-lo espiritualmente através de Jesus Cristo.REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Gn 2:17; Gn 6:5; Gn 8:21 / 1Rs 8:46 / Jo 14:4 / Sl 51:5 / Sl 58:3 / Ec 7:20 Is 64:6 / Jr 4:22; Jr 9:5-6; Jr 13:23; Jr 17:9 / Jo 3:3; Jo 3:19; Jo 3:36;Jo 5:42; Jo 8:43,44 / Rm 3:10-11; Rm 5:12; Rm 7:18, 23; Rm 8:7 /1Co 2:14 / 2Co 4:4 / Ef 2:3 / Ef 4:18 / 2Tm 2:25-26 / 2Tm 3:2-4 / Tt 1:15
U
Devido ao pecado de Adão, seus descendentes entram no mundo como pecadores culpados e perdidos. Como criaturas caídas, elas não têm desejo de ter comunhão com o seu Criador. Deus é santo, justo e bom, ao passo que os homens são pecaminosos, perversos e corruptos. Deixados à sua própria escolha, os homens inevitavelmente seguem seu coração corrupto e criam ídolos para si. Conseqüentemente, os homens têm se desligado do Senhor dos céus e têm perdido todos os direitos de Seu amor e favor. Teria sido perfeitamente justo para Deus ter deixado todos os homens em seus pecados e miséria e não ter demonstrado misericórdia a quem quer que seja. É neste contexto que a Bíblia apresenta a eleição.A eleição incondicional significa que Deus, antes da fundação do mundo, escolheu certos indivíduos dentre todos os membros decaídos da raça humana e os predestinou para serem o objeto de Seu imerecido amor e para trazê-los ao conhecimento de Si mesmo. Esses, e somente esses, Deus propôs salvar da condenação eterna. Deus poderia ter escolhido salvar todos os homens (pois Ele tinha o poder e a autoridade para fazer isso), ou Ele poderia ter escolhido não salvar ninguém (pois Ele não tem a obrigação de mostrar misericórdia a quem quer que seja), porém não fez uma coisa nem outra. Ao invés disso, Ele escolheu salvar alguns e excluir (preterir) outros. Sua eterna escolha de determinados pecadores para a salvação não foi baseada em qualquer ato ou resposta prevista da parte daqueles escolhidos, mas foi baseada tão somente no Seu beneplácito e na Sua soberana vontade. Desta forma, a eleição não foi condicionada nem determinada por qualquer coisa que os homens iriam fazer, mas resultou inteiramente do propósito determinado pelo próprio Deus.Os que não foram escolhidos foram preteridos e deixados às suas próprias inclinações e escolhas más para serem punidos pelos seus pecados. Não cabe à criatura questionar a justiça do Criador por não escolher todos para a salvação. Deve-se ter em mente que, se Deus não tivesse graciosamente escolhido um povo para Si mesmo e soberanamente determinado prover-lhe e aplicar-lhe a salvação, ninguém seria salvo.REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Dt 4:37; Dt 7:7-8 / Pv 16:4 / Mt 11:25; Mt 20:15-16; Mt 22:14 / Mc 4:11-12 Jo 6:37; Jo 6:65; Jo 12:39-40; Jo 15:16 / At 5:31; At 13:48; At 22:14-15 /Rm 2:4; Rm 8:29-30; Rm 9:11-12; Rm 9:22-23; Rm 11:5; Rm 11:8-10 /Ef 1:4-5; Ef 2:9-10 / 1Ts 1:4; 1Ts 5:9 / 2Ts 2:11-12; 2Ts 3:2/ 2Tm 2:10,19/1 Pe 2:8 / 2 Pe 2:12 / Tt 1:1 / 1Jo 4:19 / Jd 1:3-4 / Ap 13:8; Ap 17:17
L
Embora Deus tenha resolvido salvar da condenação um certo número de homens, Sua santidade e justiça exigem que o pecado seja punido. Como os escolhidos de Deus são pecadores, uma expiação completa e perfeita era necessária. Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, suportou o castigo merecido pelos pecadores e obteve a Salvação para os Seus eleitos.A eleição em si não salvou ninguém; apenas destacou alguns pecadores para a salvação. Os que foram escolhidos por Deus Pai e dados ao Filho precisavam ser redimidos para serem salvos. Para assegurar sua redenção, Jesus Cristo veio ao mundo e tomou sobre Si a natureza humana para que pudesse identificar-se com o Seus eleitos e agir como seu representante ou substituto. Cristo, agindo em lugar do Seu povo, guardou perfeitamente a lei de Deus e dessa forma produziu uma justiça perfeita a qual é imputada aos eleitos ou creditada a eles no momento em que são trazidos à fé nele. Através do que Cristo fez, esse povo é constituído justo diante de Deus. Os eleitos são libertos da culpa e condenação como resultado do que Cristo sofreu por eles. Através do Seu sacrifício substitutivo, Jesus sofreu a penalidade dos pecados dos eleitos e assim removeu a culpa deles para sempre. Por conseguinte, quando Seu povo é unido a Ele pela fé, é-lhe creditada perfeita justiça pela qual ficam livres da culpa e condenação do pecado. São salvos não pelo que fizeram ou irão fazer, mas tão somente pela fé na obra redentora de Cristo.A obra redentora de Cristo foi definida em desígnio e realização. Foi planejada para render completa satisfação em favor de certos pecadores específicos e, de fato, assegurou a salvação para esses indivíduos e para ninguém mais. A salvação que Cristo adquiriu para o Seu povo inclui tudo que está envolvido no processo de trazê-los a um correto relacionamento com Deus, incluindo os dons da fé e do arrependimento. Deus não deixou aos pecadores a decisão se a obra de Cristo será ou não efetiva. Pelo contrário, todos aqueles por quem Cristo morreu serão infalivelmente salvos. A redenção, portanto, foi designada para cumprir o propósito divino da eleição.REFERÊNCIAS BÍBLICAS:1Sm 3:14 / Is 53:11-12 / Mt 1:21; Mt 20:28; Mt 26:28 / Jo 10:14-15 /Jo 11:50-53; Jo 15:13; Jo 17:6,9,10 / At 20:28 / Rm 5:15 / Ef 5:25 / Tt 3:5 /Hb 9:28 / Ap 5:9
I
Cada membro da Trindade divina – Pai, Filho e Espírito Santo – participa e contribui para a salvação dos pecadores eleitos. Deus Pai, antes da fundação do mundo, selecionou aqueles que iriam ser salvos e deu-os ao Filho para serem o Seu povo. Na época oportuna o Filho veio ao mundo e assegurou a redenção desse povo. Mas esses dois grandes atos – a eleição e a redenção – não completam a obra da salvação, pois está incluída no plano divino para a recuperação do pecador perdido a obra renovadora do Espírito Santo, pela qual os benefícios da obediência e da morte de Cristo são aplicados ao eleito. A Graça Irresistível ou Eficaz significa que o Espírito Santo nunca falha em trazer à salvação aqueles pecadores que Ele pessoalmente chama a Cristo. Deus aplica inevitavelmente a salvação a todo pecador que tencionou salvar, e é Sua intenção salvar todos os eleitos.O apelo do evangelho estende uma chamada à salvação a todo que ouve a mensagem. Ele convida a todos os homens, sem distinção, a beber da água da vida e viver. Ele promete salvação a todo que se arrepender e crer. Mas essa chamada geral externa, estendida igualmente ao eleito e ao não eleito, não trará pecadores a Cristo. Por que? Porque os homens estão, por natureza, mortos em pecado e debaixo de seu poder. Eles são, por si mesmos, incapazes de abandonar os seus maus caminhos e se voltarem a Cristo, para receber misericórdia. Nem podem e nem querem fazer isso. Consequentemente, o não regenerado não vai responder à chamada do evangelho para arrepender-se e crer. Nenhuma quantidade de ameaças ou promessas externas fará um pecador cego, surdo, morto e rebelde se curvar perante Cristo como Senhor e olhar somente para Ele para a salvação. Tal ato de fé e submissão é contrário à natureza do homem.Por isso, o Espírito Santo, para trazer o eleito de Deus à salvação, estende-lhe uma chamada especial interna em adição à chamada externa contida na mensagem do evangelho. Através dessa chamada especial, o Espírito Santo realiza uma obra de graça no pecador que inevitavelmente o traz à fé em Cristo. A mudança interna operada no pecador eleito o capacita a entender e crer na verdade espiritual.No campo espiritual, são lhe dados olhos para ver e ouvidos para ouvir. O Espírito Santo cria no pecador eleito um novo coração e uma nova natureza. Isto é realizado através da regeneração (novo nascimento), pela qual o pecador é feito filho de Deus e recebe a vida espiritual. Sua vontade é renovada através desse processo, de forma que o pecador vem espontaneamente a Cristo por sua própria e livre escolha.REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Jr 24:7 / Ez 11:19-20; Ez 36:26-27 / Mt 16:17 / Jo 1:12-13; Jo 5:21; Jo 6:37; Jo 6:44-45 / At 16:14; At 18:27 / 1Co 4:7 / 2Co 5:17 / Gl 1:15 / Rm 8:30 / Ef 1:19-20 / Cl 2:13 / 2Tm 1:9 / 1Pe 2:9; 1Pe 5:10 / Hb 9:15
P
Os eleitos não são apenas redimidos por Cristo e regenerados pelo Espírito; eles são mantidos na fé pelo infinito poder de Deus. Todos os que são unidos espiritualmente a Cristo, através da regeneração, estão eternamente seguros nEle. Nada os pode separar do eterno e imutável amor de Deus. Foram predestinados para a glória eterna e estão, portanto, assegurados para o céu. A perseverança dos santos não significa que todas as pessoas que professam a fé cristã estão garantidas para o céu. Somente os santos – os que são separados pelo Espírito – é que perseveram até o fim. São os crentes – aqueles que recebem a verdadeira e viva fé em Cristo – os que estão seguros e salvos nele. Muitos que professam a fé cristã desistem no meio do caminho, mas eles não desistem da graça, pois nunca estiveram na graça. A perseverança dos santos está diretamente ligada à santificação, que é o processo pelo qual o Espírito Santo torna os eleitos cada vez mais semelhantes a Jesus Cristo em tudo o que fazem, pensam e desejam. A luta dos crentes contra o pecado dura toda a vida e, às vezes, eles podem cair em tentações e cometer graves pecados, mas esses pecados não os levam a perder a salvação ou a afastar-se de Cristo.A Bíblia diz que o povo de Deus recebe a vida eterna no momento em que crê. São guardados pelo poder de Deus mediante a fé e nada os pode separar do Seu amor. Foram selados com o Espírito Santo que lhes foi dado como garantia de sua salvação e, desta forma, estão assegurados para uma herança eterna.REFERÊNCIAS BÍBLICAS:Is 54:10 / Jr 32:40 / Mt 18:14 / Jo 6:39; Jo 6:51; Jo 10:27-29 / Rm 5:8-10; Rm 8:28-32, Rm 8:34-39; Rm 11:29 / Gl 2:20 / Ef 4:30 / Fp 1:6 / Cl 2:14 /2Ts 3:3 / 2Tm 2:13,19 / Hb 7:25; Hb 10:14 / 1Pe 1:5 / 1Jo 5:18 / Ap 17:14

Somente pela Graça

Cor do texto

“Creio na doutrina da eleição porque tenho absoluta certeza que, se Deus não me escolhesse, eu jamais O escolheria. Tenho Certeza que Ele me escolheu antes de eu nascer, ou contrário nunca me escolheria depois disso.” - Charles Haddon Spurgeon
Cor do texto

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O ÚNICO CAMINHO

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6.

terça-feira, 31 de março de 2009

150 ANOS EVANGELIZANDO O BRASIL

Há 150 anos chegou ao Rio de Janeiro o primeiro missionário presbiteriano em terras brasileiras, rev. Ashbel Green Simonton. Em sua trajetória de um século e meio, a Igreja Presbiteriana do Brasil tem tido muitos momentos felizes e outros preocupantes, experiências inspiradoras e problemas aflitivos. O objetivo deste relato é destacar antes de tudo os aspectos construtivos dessa história, sem esquecer que, como peregrina neste mundo caído, a igreja também enfrenta reveses, sendo continuamente desafiada pelo seu Senhor a superar os entraves e ser cada vez mais fiel e íntegra no cumprimento de sua missão.
A Igreja Presbiteriana é herdeira de uma das expressões da Reforma Protestante do século 16 ? a Segunda Reforma ou Reforma Suíça ?, cujos líderes iniciais foram Ulrico Zuínglio e João Calvino. O Movimento Reformado ou Calvinista difundiu-se por muitos países da Europa, chegando também às Ilhas Britânicas, onde surgiram vigorosas igrejas presbiterianas na Escócia e na Irlanda. No século 18, imigrantes desses países levaram o presbiterianismo para a América do Norte. Ao longo do século 19, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (PCUSA) participou do intenso esforço missionário protestante ao redor do mundo. A Junta de Missões Estrangeiras, fundada em 1837 na cidade de Nova York, enviou seus primeiros missionários à Índia, Tailândia, China, Colômbia e Japão. Em 1859, chegou a vez do Brasil.

1. Os primórdios (1859-1888)
O pioneiro Ashbel G. Simonton (1833-1867) era natural do Estado da Pensilvânia. Em 1855, após ser alcançado por um avivamento em sua igreja local, ele ingressou no Seminário Teológico de Princeton. Influenciado por um sermão que ouviu no início dos estudos, resolveu ser missionário no exterior. Ao apresentar-se como candidato à Junta de Missões, mencionou o Brasil como o campo de sua preferência. Chegou ao Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1859, vindo a falecer oito anos depois, aos 34 anos, vitimado pela febre amarela. Em sua breve estada no Brasil, o consagrado ministro fundou a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro (1862), o jornal Imprensa Evangélica (1864), o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e um pequeno seminário (1867). Os colegas que foram chegando, como Alexander Blackford, Francis Schneider, George Chamberlain e Robert Lenington, plantaram outras igrejas pioneiras: São Paulo, Brotas, Lorena, Borda da Mata e Sorocaba. Uma conquista significativa foi a ordenação do primeiro pastor nacional, o ex-sacerdote José Manoel da Conceição (1822-1873), em 17 de dezembro de 1865.

Em 1869 chegaram os primeiros missionários da Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos (PCUS), criada em 1861, ao aproximar-se a Guerra Civil Americana. Seu Comitê de Missões Estrangeiras estava sediado em Nashville, no Tennessee. Os pioneiros George Nash Morton e Edward Lane se estabeleceram em Campinas, nas imediações da colônia de imigrantes norte-americanos em Santa Bárbara. Os missionários da Igreja do Sul evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. Também atuaram no Nordeste e no Norte, de Alagoas até a Amazônia. Outros vultos destacados dos primeiros tempos foram John Rockwell Smith, John Boyle, DeLacey Wardlaw, George Butler e William Calvin Porter. Por sua vez, os missionários da Igreja do Norte trabalharam na Bahia e Sergipe e no Sudeste-Sul (do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul). Alguns nomes salientes desse período foram João Fernandes Dagama, Emanuel Vanorden, George Landes, John M. Kyle, John Benjamin Kolb e Donald McLaren.
Em 1870, o Rev. Chamberlain fundou a Escola Americana de São Paulo, precursora do Mackenzie College, e em 1873 Morton e Lane criaram o Colégio Internacional, em Campinas. Essas e outras escolas se destacaram pela excelência do seu ensino e foram uma das grandes contribuições dos presbiterianos à sociedade brasileira. Além de evangelistas, as igrejas-mães enviaram ao Brasil educadoras como Mary Dascomb, Elmira Kuhl, Arianna Henderson e Charlotte Kemper. Entre os pastores nacionais dessa época estavam Modesto Carvalhosa, Antônio Trajano, Miguel Torres, Antônio Pedro de Cerqueira Leite, Eduardo Carlos Pereira, Zacarias de Miranda, João Ribeiro de Carvalho Braga, Manoel Antônio de Menezes, Caetano Nogueira Júnior e Belmiro de Araújo César. Até o fim desse período, 13 províncias tinham igrejas organizadas: pela ordem, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraná, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Rio Grande do Sul e Alagoas.

2. O Sínodo Presbiteriano (1888-1910)
No dia 6 de setembro de 1888 ocorreu um fato de grande significado: foi organizado o Sínodo Presbiteriano, composto de três presbitérios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Campinas e Oeste de Minas), 20 missionários, 12 ministros nacionais e cerca de 3.000 membros comungantes em 50 igrejas locais. A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) tornou-se uma denominação autônoma, distinta das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo dividiu o Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: Presbitérios de São Paulo e de Minas. Também decidiu criar o Seminário Presbiteriano, que começou a funcionar em Nova Friburgo em 1892. A instituição depois se transferiu para São Paulo e finalmente para Campinas, em 1907. Os mais importantes periódicos da época eram a Revista das Missões Nacionais, O Estandarte, O Puritano e Norte Evangélico.
Em 1891 foi criado o Mackenzie College, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace Manley Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido para Lavras, no sul de Minas, em 1893, vindo mais tarde a chamar-se Instituto Gammon. A cidade de Garanhuns começou a se tornar um grande centro da obra presbiteriana no Nordeste. Foram lançadas as bases de duas importantes instituições: o Seminário do Norte (1899) e o Colégio 15 de Novembro (1908). Outras escolas destacadas do período foram a Escola Americana de Curitiba (1892), o Colégio Americano de Natal (1895), o Colégio Americano de Pernambuco, atual Agnes Erskine (1904), o Instituto Ponte Nova, no interior da Bahia (1906), e a Escola de Agricultura de Lavras (1908). A Missão Sul da PCUS passou a atuar em duas frentes: Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas). Até o final desse período a Igreja Presbiteriana também chegou ao Triângulo Mineiro, Goiás, Santa Catarina, Sergipe, Pará, Amazonas e Espírito Santo, por vezes em meio a fortes perseguições. Começando em Alto Jequitibá, teve início a extraordinária expansão presbiteriana no leste de Minas e regiões vizinhas. Na área social, merece destaque o abnegado trabalho do Dr. George Butler, o ?médico amado? do interior de Pernambuco, e a liderança presbiteriana na fundação do Hospital Evangélico do Rio de Janeiro e do Hospital Samaritano de São Paulo.
Boa parte do período foi marcada por uma dolorosa crise. Três questões ? o lugar dos missionários na vida da igreja, a relação entre educação e evangelização, e o status da maçonaria frente ao evangelho ? foram levantadas com veemência por alguns ministros, liderados pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira. Em 1903, quando o Sínodo se pronunciou em definitivo sobre o último ponto, o grupo dissidente se afastou e constituiu a Igreja Presbiteriana Independente. Foi um rude golpe para o Sínodo, que perdeu quase metade de seus membros comungantes (2.000 de um total de 5.000). Todavia, a partir do cisma a IPB começou a crescer de modo muito mais acentuado. Em 1906, já contava com 7.000 membros em 77 igrejas e em 1909, com 10.000 membros em 91 igrejas. Após a organização do Sínodo foram criados três novos presbitérios: Oeste de São Paulo (1900), do Sul (1900) e da Bahia e Sergipe (1907).
Foram muitos os líderes que se destacaram nesse período. Alguns nomes são os seguintes: (a) da Igreja do Norte (PCUSA), Woodward Finley, Thomas Porter, William Waddell, George Bickerstaph, Roberto Frederico Lenington, Cassius Bixler, Henry McCall e Alexander Reese; (b) da Igreja do Sul (PCUS), Samuel Gammon, William Thompson, George Henderlite, Horace Allyn, Alva Hardie, Robert Daffin e Gaston Boyle; (c) missionárias educadoras: Clara Hough, Elizabeth Williamson, Kate Cowan, Harriette Armstrong, Eliza Reed, Ruth See e Margaret Douglas; (d) ministros nacionais: do Nordeste: Juventino Marinho, Lino da Costa, Martinho de Oliveira, Vicente Themudo Lessa, Jerônimo Gueiros, Antônio Almeida, João Marques da Mota Sobrinho e Raimundo Bezerra Lima; do Sudeste: Álvaro Reis, Herculano de Gouvêa, Bento Ferraz, Francisco Lotufo, Laudelino de Oliveira, Erasmo Braga, José Ozias Gonçalves, Alfredo Borges Teixeira, Otoniel Mota, Matatias Gomes dos Santos, Constâncio Homero Omegna, Salomão Ferraz, Henrique Louro de Carvalho, Coriolano de Assumpção, Samuel Barbosa, Aníbal Nora e Alberto Zanon, alguns dos quais aderiram ao movimento independente. Um admirável evangelista foi o presbítero Willis Roberto Banks, que atuou no Vale do Ribeira (sul de São Paulo).

3. A Assembléia Geral (1910-1937)
Em 1909, o Sínodo histórico dividiu-se em dois (Norte e Sul), o que possibilitou em 7 de janeiro do 1910 a criação da Assembléia Geral, o concílio maior do sistema de governo presbiteriano, sendo eleito seu primeiro moderador o Rev. Álvaro Emídio Gonçalves dos Reis, pastor da Igreja do Rio de Janeiro, grande pregador e polemista. Nessa ocasião, resolveu-se iniciar o primeiro trabalho missionário da IPB no exterior. Em 1911, seguiu para Portugal o Rev. João Marques da Mota Sobrinho, que em 1925 seria sucedido pelo colega Pascoal Luiz Pitta. Na década de 1910, teve início a obra presbiteriana em Mato Grosso, cujos pioneiros foram Franklin Graham e Filipe Landes. Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi ou Plano do Brasil, um acordo de cooperação entre a igreja brasileira e as missões norte-americanas pelo qual os missionários se desligaram dos presbitérios, separando-se os campos nacionais dos campos das missões.
O líder mais destacado desse período foi o culto e eficiente Rev. Erasmo de Carvalho Braga (1877-1932). Em 1916, ele participou com os Revs. Álvaro Reis e Eduardo Carlos Pereira do Congresso da Obra Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um notável esforço cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil. Foi fundado no Rio de Janeiro o controvertido Seminário Unido. Outros projetos cooperativos do período, ambos iniciados em 1928, foram o Instituto José Manoel da Conceição, criado pelo Rev. William Waddell em Jandira, nas proximidades de São Paulo, e a Associação de Catequese dos Índios, depois Missão Evangélica Caiuá, estabelecida pelo Rev. Albert Sidney Maxwell em Dourados, Mato Grosso. Em 1934, a IPB participou ativamente da criação da Confederação Evangélica do Brasil.
Os presbiterianos mantiverem nesse período seu forte envolvimento com a educação. Algumas escolas surgidas na época foram: Instituto Cristão de Castro, no Paraná (1915); Escolas Evangélicas de Varginha e Campo Belo, em Minas Gerais (1921); Colégio Evangélico de Buriti, em Mato Grosso (1923); Colégio 2 de Julho, em Salvador (1928); Escola Evangélica Ruth See, em Nepomuceno, Minas Gerais (1931), e Instituto Bíblico Eduardo Lane, em Patrocínio, no Triângulo Mineiro (1933). Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para Recife, sendo três anos depois reconhecido oficialmente pela denominação. Por várias décadas foram utilizadas em todo o Brasil as aclamadas obras didáticas dos Revs. Antônio Trajano (Aritmética Progressiva, Álgebra Elementar), Eduardo Carlos Pereira (Gramática Expositiva, Gramática Histórica), Otoniel Mota (O Meu Idioma, Lições de Português) e Erasmo Braga (cartilhas da Série Braga). No âmbito social, houve a criação do Orfanato Presbiteriano (mais tarde Instituto Álvaro Reis), que iniciou suas atividades em Valença (1919) e dez anos mais tarde se fixou em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Alguns missionários conhecidos das décadas de 1910 a 1930 foram: (a) da Igreja do Norte ? Ashmun Salley, Harold Anderson, Franklin Graham, Harry Midkiff, Filipe Landes, Walter W. Wood, Adam J. Martin, Chester Carnahan, Harold Cook, Lathan Wright, Samuel Graham, Peter Baker, Charles Roy Harper, Richard Waddell e Donald Gordon; (b) da Igreja do Sul ? Benjamin Hunnicutt, James Porter Smith, Frank Baker, John Marion Sydenstricker, Augustus Lee Davis, Edward Epes Lane, Albert Sidney Maxwell, Langdon Henderlite, George Hurst, James Woodson, William Neville, Edwin Arehart, Milton Daugherty, Stephen Sloop e John Boyle (neto do pioneiro com o mesmo nome). Entre as missionárias se destacaram Edmonia Martin, Rhoda Kilgore, Margaret Sydenstricker, Mabel Maxwell, Evelyn Harper, Helen Gordon e Frances Hesser.
Na década de 1910, ingressaram no ministério muitos brasileiros, quase todos formados pelos Seminários do Sul e do Norte. Alguns nomes conhecidos são: (a) do Sudeste: João Pereira Garcia, Basílio Braga, Américo Cardoso de Menezes, Tancredo Costa, Miguel Rizzo Júnior, Teodomiro Emerique, Herculano de Gouvêa Júnior, Pascoal Pitta, Galdino Moreira, Júlio Nogueira, Jorge Thompson Goulart e Guilherme Kerr; (b) do Nordeste: José Martins de Almeida Leitão, Natanael Cortez, Cícero Siqueira, Antônio Teixeira Gueiros, Augusto da Silva Dourado, Luiz Lenz César e Samuel Lenz César. Nos anos 20 foram ordenados, entre outros, os seguintes: José Carlos Nogueira, Leonardo de Campos, Mário Neves, Apolinário Sathler, José Borges dos Santos Júnior, Renato Ribeiro dos Santos, Abdias Nobre, Lisânias de Cerqueira Leite, Antônio Marques da Fonseca Júnior, Josibias Fialho Marinho, Luiz Rodrigues Alves, Otacílio de Alcântara, Ludgero Braga, Basílio Catalá Castro, Alcides Nogueira, Benjamim César, Sinval Morais, Mário Lício, Rodolfo Anders e Adolfo Anders. Nos anos 30 ingressaram no ministério Teodoro Henrique Maurer Júnior, Paulo Lenz César, Samuel Falcão, Benjamim Morais Filho, Amantino Adorno Vassão, Jacob Silva, Jorge Buarque Lira, Orlando Sathler, Paulo Freire de Araújo, Tiago dos Anjos Lins, Francisco Penha Alves, Valério Silva, Eudes Ferrer e Jorge César Mota.

4. O Supremo Concílio (1937-1959)
Na década de 1930 sentiu-se a necessidade de uma Constituição para substituir o antigo Livro de Ordem adotado pelo Sínodo quase meio século antes. Em 1937, uma Assembléia Constituinte reunida no Rio de Janeiro elaborou esse documento. A Assembléia Geral passou a denominar-se Supremo Concílio. A Constituição gerou forte crise quando os presbiterianos do Norte/Nordeste levantaram questões de procedimento na convocação da Constituinte e discordaram de vários dispositivos do texto, como o diaconato feminino. Alguns desses pontos foram modificados nas reuniões seguintes da assembléia magna, mas a solução plena só foi alcançada em 1950, ao ser promulgada uma nova Constituição, que ainda permanece em vigor. No ano seguinte, foram promulgados, no templo da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia. Essas assembléias foram presididas pelo eminente jurista Rev. Dr. Benjamim Morais Filho. Além dele, os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez e José Borges dos Santos Júnior.
Nas décadas de 1940 e 1950, a IPB aperfeiçoou sua estrutura, criando entidades voltadas para missões nacionais e estrangeiras, trabalho feminino, mocidade e literatura. Foi organizada a Junta Mista de Missões Nacionais (1940), com representantes da igreja e das missões norte-americanas. Até 1958, a Junta ocupou 15 regiões em todo o país, com cerca de 150 locais de pregação. Outros órgãos da época foram a Missão Presbiteriana da Amazônia (1950) e o Conselho Inter-Presbiteriano ? CIP (1955), sucessor do Modus Operandi de 1917. A Missão Caiuá deu continuidade ao seu magnífico trabalho evangelístico e assistencial (orfanato, escola e mais tarde hospital). Sua grande heroína foi a missionária Lóide Bonfim Andrade. Também foi criada a Junta de Missões Estrangeiras (1944), que atuou inicialmente em Portugal, com Natanael Emerique e outros. Em 1958 foram enviados os primeiros missionários à Argentina e ao Chile.
O primeiro secretário geral do trabalho feminino foi o Rev. Jorge Goulart (1928) e algumas líderes destacadas do período foram Genoveva Marchant, Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional das senhoras realizou-se em 1941, no Rio de Janeiro, e em 1954 foi criado o periódico SAF em Revista. Quanto ao trabalho da mocidade, seu primeiro secretário geral foi o Rev. Benjamim Morais (1938) e o primeiro congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi organizada a Confederação Nacional. Dois anos antes havia surgido no Rio de Janeiro o jornal Mocidade. Entre os líderes da época estavam Jorge César Mota, Paulo Lenz César, Waldo Lenz César, Tércio Emerique, Paulo Lício Rizzo e a admirável Billy Gammon. Em 1948 foi organizada em definitivo a Casa Editora Presbiteriana, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro.
Na década de 1950, além da IPB e da IPI havia outras duas denominações presbiterianas no Brasil: a Igreja Presbiteriana Conservadora (1940), fundada pelo Rev. Bento Ferraz, em São Paulo, e a Igreja Presbiteriana Fundamentalista (1956), fundada pelo Rev. Israel Gueiros, em Recife. Em 1957, a Igreja Presbiteriana Independente criou seu Supremo Concílio com três sínodos, 10 presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes. No mesmo ano a IPB contava com 6 sínodos (Setentrional, Meridional, Central, Minas-Espírito Santo, Oeste do Brasil e Bahia-Sergipe), 41 presbitérios, 490 igrejas, 370 ministros, cerca de 85.000 membros comungantes e 70.000 não-comungantes. Alguns presbíteros de destaque do período foram Eliézer dos Santos Saraiva, Tertuliano Goulart, Carlos José Rodrigues, José Custódio da Veiga e Joaquim Ribeiro dos Santos. Quanto aos ministros, além de nomes já citados, outros que se salientaram foram Adauto Araújo Dourado, Agenor Mafra, Américo Ribeiro, Antônio Elias, Boanerges de Almeida Leitão, Celso de Assumpção, David Azevedo, Diniz Prado de Azambuja Neto, Eliseu Narciso, Eudaldo Silva Lima, Floyd Sovereign, Gutemberg de Campos, Heinz Neumann, Jáder Gomes Coelho, José Duarte Júnior, Júlio Andrade Ferreira, Luiz Pereira Boaventura, Martinho Rickli, Natanael de Almeida Leitão, Nelson Bonilha, Oswaldo Alves, Oswaldo Soeiro Emrich, Othon Guanais Dourado, Renato Fiúza Teles, Samuel Martins Barbosa, Teófilo Carnier, Tiago Rocha, Wilson Castro Ferreira, Wilson Nóbrega Lício e Zaqueu Ribeiro.
Além das áreas evangelística e educacional, a igreja tinha forte presença no âmbito da saúde, com hospitais em Ponte Nova (iniciado pelo Dr. Walter Welcome Wood em 1917), Rio Verde (Dr. Donald Gordon, 1937) e Dourados (Hospital Dr. e Sra. Goldsby King, 1945), e suas respectivas escolas de enfermagem. Havia novos colégios evangélicos em Dourados (Escola Erasmo Braga), Jataí (Instituto Samuel Graham), Goiânia (Colégio 12 de Agosto e Instituto Presbiteriano de Educação), Campo Formoso (Colégio Augusto Galvão), Caratinga, Paraguaçu Paulista e Alto Jequitibá, bem como o Instituto Bíblico do Norte, em Garanhuns (1945). Nesse período, a IPB participou de movimentos cooperativos como a Associação Evangélica Beneficente, a Confederação Evangélica do Brasil, a Sociedade Bíblica do Brasil e o Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE). Um novo recurso amplamente utilizado foram os programas de rádio, como ?A Hora Presbiteriana?.

Em 1946 foi lançada a Campanha do Centenário, com os seguintes objetivos: avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPIB e Igreja Reformada Húngara) planejou a grande campanha evangelística realizada em 1952 em todo o país. Outras medidas foram a criação do Museu Presbiteriano, do Seminário do Centenário e do jornal Brasil Presbiteriano (1958), resultante da fusão de O Puritano e Norte Evangélico. Em fins de julho de 1959 reuniu-se em São Paulo a 18ª Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial. No dia 12 do mês seguinte, realizou-se no magnífico templo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro o culto de ação de graças pelo centenário da obra presbiteriana no Brasil, estando presente o Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. O lema do centenário foi: ?Um ano de gratidão por um século de bênçãos?.

5. Após o centenário (1959-1986)
Os primeiros anos após o centenário foram de grande euforia e esperanças. Em 1960 houve a inauguração da nova capital, Brasília, sendo organizadas duas igrejas presbiterianas: Pioneira e Nacional. No ano seguinte, o valioso patrimônio do Mackenzie, cuja universidade havia sido criada em 1952, foi doado à IPB; o mesmo aconteceu com o Instituto Gammon em 1963. O ambiente era de liberdade, ousadia e novas idéias, em harmonia com o espírito da época. No Seminário de Campinas e depois no do Centenário, o Rev. Richard Shaull transmitia aos alunos seu pensamento teológico fortemente inovador. Os jovens expressavam seus questionamentos no jornal Mocidade. Em 1962, na transição da presidência do Rev. José Borges para a do Rev. Amantino Vassão, o Supremo Concílio aprovou o ?Pronunciamento Social da IPB?.
Então, ao mesmo tempo em que o país foi abalado pelos acontecimentos que levaram ao regime militar, a igreja mergulhou na maior crise de sua história. Questões como o liberalismo teológico, o envolvimento político-social e o ecumenismo causaram profunda controvérsia entre conservadores e progressistas. A maioria conservadora mostrou sua força quando o Rev. Boanerges Ribeiro foi eleito presidente da assembléia magna da igreja, sendo posteriormente reconduzido duas vezes (1966-1978), fato inédito na vida da IPB. As lutas da época, cujo significado ainda está sendo analisado pelos estudiosos, levaram à dissolução de sínodos e presbitérios, bem como ao afastamento de muitos ministros. O recém-criado Seminário do Centenário, que havia funcionado em Alto Jequitibá (1959) e depois em Vitória (1963), fechou as portas em 1968. O Rev. Boanerges foi sucedido por Paulo Breda Filho (1978-1986), o único presbítero regente a ocupar a presidência do concílio maior da igreja.

Parte dos dissidentes criou em 1978 a Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (Fenip), precursora da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1983). Outro foco de tensões na vida da igreja foi o chamado movimento de renovação espiritual, de orientação carismática. Em 1968 os renovados criaram no norte do Paraná a Igreja Cristã Presbiteriana, que em 1975 se uniu aos presbiterianos independentes de igual persuasão para formar a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil. Esse período também testemunhou uma forte crise no Instituto Mackenzie, quando o governo de São Paulo decretou sua desapropriação (1966). Sete anos mais tarde, a igreja teve ganho de causa nos tribunais, sendo-lhe assegurado o direito de nomear os dirigentes da instituição, e em 1975 o governo desistiu da desapropriação. Em 1981 foi inaugurado o vasto campus do Tamboré, em Barueri. Outro fato da época foi o encerramento das relações históricas da IPB com suas igrejas-mães: com a Igreja do Norte em 1973 e com a Igreja do Sul em 1985. Tal desfecho resultou do progressivo distanciamento teológico entre a igreja brasileira e suas congêneres norte-americanas.
Ao lado desses problemas, o período em questão também foi palco de desdobramentos bastante construtivos na vida da igreja. As missões nacionais tiveram um impulso extraordinário, não só na Amazônia, que estava sendo ocupada em muitos pontos, como Rondônia e a Transamazônica, mas em todas as regiões do país. Em 1962 a Junta de Missões Estrangeiras enviou seu primeiro obreiro à Venezuela (Rev. Joás Dias de Araújo) e em 1970 seguiu para o Paraguai o Rev. Evandro Luiz da Silva. Em 1966, os homens presbiterianos realizaram seu primeiro congresso nacional em Campinas e organizaram a Confederação Nacional. Foi criada a organização Luz Para o Caminho (1976), que teve como primeiro dirigente o Rev. Wilson Castro Ferreira. Veio à luz o Hinário Presbiteriano Novo Cântico (1981), fruto do árduo trabalho de uma comissão.
Foi aprovada a criação de extensões do Seminário do Sul em Belo Horizonte (1978), Rio de Janeiro (1982) e Goiânia (1983). Em 1980 surgiu o Seminário Rev. José Manoel da Conceição, em São Paulo, no qual começou a funcionar, dois anos mais tarde, o primeiro curso de pós-graduação em teologia da IPB, com a participação de professores norte-americanos. No mesmo ano (1982), foi instituída a Junta de Educação Teológica (JET). No final do período, a igreja tinha 30 sínodos, 128 presbitérios, 1.230 igrejas locais, 1.440 congregações, 1.070 ministros, 190.000 membros comungantes e 110.000 não-comungantes, totalizando cerca de 300.000 fiéis.
Alguns nomes conhecidos da época foram Adauto Lins dos Anjos, Anderson Rios, Antônio de Souza Lima, Aristeu Pires, Atael Fernando Costa, Augusto Gotardello, Benedito Alves da Silva, Domício Pereira de Mattos, Efraim Beda, Ismael Andrade Leandro, João Dias de Araújo, João Emerick de Souza, Joaquim Beato, Lázaro Lopes de Arruda, Ludgero Machado Morais, Miguel Orlando de Freitas, Neftali Vieira Júnior, Orlando de Morais, Oscar Chaves, Sabatini Lalli, Silas Crespo, Wilson de Souza, Wilson de Souza Lopes. Alguns chegaram aos dias atuais: Daniel das Chagas e Silva, Dante Sarmento de Barros, Edijéce Martins Ferreira, Felipe Dias, Floyd Grady, Frans Leonard Schalkwijk, Marcelino Pires Carvalho, Oadi Salum, Odair Olivetti, Onézio Figueiredo, Paul Everett Pierson e Waldyr Carvalho Luz, entre tantos outros. Nesse período, muitos presbíteros ocuparam posições salientes na administração da igreja, como Abílio da Silva Coelho, Athos Vieira de Andrade, Éder Accorsi, Fuad Miguel, Joel Pugslei, José Arantes Costa, Mário Jardim Freire, Olímpio Vassão, Renato Guimarães e o Dr. Eduardo Lane (neto do pioneiro de Campinas, Rev. Edward Lane).

6. As décadas recentes (1986-2008)
As últimas décadas têm sido mais pacíficas e frutíferas para a igreja. O ambiente político e teológico tornou-se mais conciliador, embora ainda persistam tensões latentes. Ocuparam a presidência do Supremo Concílio os Revs. Edésio de Oliveira Chequer (1986-1994), Guilhermino da Silva Cunha (1994-2002) e Roberto Brasileiro Silva. A estrutura eclesiástica tornou-se mais complexa, com grande multiplicação de concílios, juntas e autarquias, o que nem sempre corresponde ao aumento numérico dos membros. A igreja sofre o impacto de novos movimentos que têm afetado o protestantismo brasileiro, especialmente nas áreas doutrinária e litúrgica. Muitos pastores e comunidades se sentem atraídos por conceitos e práticas alheios à tradição reformada. No aspecto positivo, destacam-se a maior preocupação com a educação teológica, a criação de vínculos com igrejas reformadas ao redor do mundo, o investimento em missões nacionais e transculturais, o crescimento na área de publicações e a utilização dos meios de comunicação de massa, como a televisão e a internet.

A Junta de Missões Nacionais continua atuando em muitos pontos do território brasileiro. Seu Centro de Treinamento Missionário ? hoje administrado pelo Plano Missionário Cooperativo ? começou a funcionar na cidade de Patrocínio em 1991. O Centro de Preparação de Obreiros funciona no IBEL e no IBN. A estatística mais recente aponta 167 obreiros em 162 campos em quase todos os estados do Brasil (exceto Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo). Um evento significativo é o recente projeto de plantação de igrejas no Rio Grande do Sul pelo Sínodo Meridional, em parceria com as Igrejas Reformadas da Holanda e o Plano Missionário Cooperativo. Todavia, existem igrejas organizadas em apenas 932 dos 5.564 municípios brasileiros (1/6). Quanto a atividades no exterior, em 1988 teve início o trabalho missionário na Bolívia com o Rev. João Carlos de Paula Mota. A partir de 2005, alguns pastores da IPB trabalharam em campos da Igreja Presbiteriana do Chile. A Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, criada no ano 2000, possui 93 obreiros em 24 países. Mantém o Centro de Formação Missiológica, em São Paulo.
Como já havia feito com a Igreja Cristã Reformada da América do Norte, a IPB estabeleceu acordos de cooperação com outras denominações congêneres: Igreja Presbiteriana Evangélica (EPC), Igreja Presbiteriana da América (PCA), Igrejas Reformadas da Holanda (Libertadas) e as Igrejas Presbiterianas de Angola, Coréia e Irlanda. Também manteve contatos com as Igrejas da Austrália, Escócia, Chile e México. Em 1996, foi formada uma comissão paritária de diálogo com a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Em 1998, a IPB reativou sua membresia na Aliança Mundial de Igrejas Reformadas (AMIR), da qual havia se afastado desde 1973. Todavia, desligou-se desse organismo em 2006, em virtude de divergências teológicas. A igreja está filiada à Fraternidade Reformada Mundial (WRF), anteriormente Fraternidade Mundial de Igrejas Reformadas (WFRC), e à Confraternidade Latino-Americana de Igrejas Reformadas (CLIR).
Nas últimas décadas foram reconhecidas muitas novas instituições de educação teológica, tais como o Seminário Rev. Denoel Nicodemos Eller, em Belo Horizonte, e o Seminário Presbiteriano do Rio de Janeiro (hoje Rev. Ashbel Green Simonton), instalados em 1986; o Instituto Bíblico de Rondônia, em Ji-paraná (1989); o Instituto Bíblico Rev. Augusto Araújo, em Cuiabá (1991); o Seminário Brasil Central, em Goiânia (1991); o Seminário Teológico do Nordeste, em Teresina (2000); o Seminário Teológico de Brasília (2002) e a extensão do Seminário Brasil Central em Ji-paraná (2003). Na Missão Evangélica Caiuá funciona o Instituto Bíblico Rev. Filipe Landes. Em 1992, foi criado o Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, inicialmente sediado no Seminário JMC e, a partir de 1997, no Instituto Presbiteriano Mackenzie. Sua primeira turma se formou no ano seguinte. Apesar de uma crise ocorrida em 2001-2002, o CPAJ continua prestando relevantes serviços à igreja. Em 1996 começou a circular a revista Fides Reformata, em 1999 foi criado o curso pioneiro de educação à distância via internet e em 2001 o curso de Doutorado em Ministério, mediante convênio com o Seminário Teológico Reformado, de Jackson, Mississipi. Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, passou a funcionar em 1999 a Escola Superior de Teologia, que também oferece, desde 2005, um curso de validação de diplomas de teologia.
Na área escolar cristã, houve muitos novos desdobramentos, a começar da grande expansão do Instituto Presbiteriano Mackenzie, que criou extensões em Brasília (colégio em 1996 e pós-graduação em 2001), Campinas (2002) e Rio de Janeiro (2005). A Universidade Mackenzie conta em suas várias unidades com mais de 36.000 alunos. Em Lavras, foi criada a Faculdade Presbiteriana Gammon (1990). Além de instituições mais antigas, a IPB teve por algum tempo participação nas seguintes escolas de 1º e 2º Grau: Colégio Presbiteriano de Juína (MT), Instituto Presbiteriano Educacional e Social de Palmas (TO) e Instituto Presbiteriano de Educação Simonton (Tangará da Serra, MT). Continua a manter a Escola Presbiteriana de Alta Floresta (MT). Foram criadas a Federação Nacional de Escolas Presbiterianas (1994), atual Comissão Nacional Presbiteriana de Educação, e a Associação Nacional de Escolas Presbiterianas (2000). Em 2006, os materiais didáticos do Sistema Mackenzie de Ensino começaram a ser aplicados em várias instituições. No âmbito social, a igreja participou das seguintes instituições: Associação de Prevenção e Assistência a Dependentes de Drogas (Vila Velha, ES), Diaconia de Ação Social Evangélica (Recife), Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim e Sociedade de Amigos dos Meninos Aprendizes de Rubiataba (GO).
A IPB demonstra grande vitalidade em outras áreas, como a de publicações. Até 2004, a Editora Cultura Cristã havia publicado mais de 600 títulos e 3 milhões de volumes. Além de livros, produz diversas revistas e valiosos materiais para educação cristã. Muitos congressos e conferências têm sido realizados através do país, voltados para uma grande diversidade de interesses: fé reformada, evangelização, educação, adolescentes, jovens, senhoras, homens, terceira idade. Os Encontros da Fé Reformada realizados em Manaus e Goiânia vêm despertando grande interesse. A Universidade Presbiteriana Mackenzie tem trazido ao Brasil grandes conferencistas cristãos e reformados como Nancy Pearcey e Os Guinness. A IPB tem procurado fazer uso das novas tecnologias da era da informática: em 1996 foi inaugurado o portal da igreja na Internet, em 2000 foi criada a Rede Presbiteriana de Comunicação (RPC) e em 2007 passou a funcionar a Rádio Web IPB. Está prestes a ser lançada a TV Web IPB. O programa de televisão ?Verdade e Vida?, uma parceria da RPC e da Comissão Nacional de Evangelização, tem se destacado pela qualidade do seu conteúdo. Algumas questões debatidas na igreja nos últimos anos têm sido a maçonaria, o novo Código Civil Brasileiro e os projetos de lei sobre aborto e homofobia.
As estimativas mais recentes apontam os seguintes dados estatísticos da igreja: 65 sínodos, 268 presbitérios, 3.640 igrejas, 3.160 congregações, mais de 5.100 pastores em atividade, 17.600 presbíteros, 22.300 diáconos, 970 evangelistas, 1.500 missionários, 1.350 candidatos ao ministério, 558.000 membros comungantes e 158.000 não-comungantes, totalizando mais de 700.000 fiéis. A receita total do ano em curso sobe a cerca de 20 milhões de reais, a maior parte procedente dos dízimos das igrejas locais. A programação comemorativa do sesquicentenário da IPB, elaborada por uma comissão especial nomeada pelo Supremo Concílio, inclui a realização de cultos em todos os estados do Brasil, a publicação de livros, bem como a preparação de um documentário sobre a igreja e de um filme sobre a vida do Rev. Simonton.

7. Desafios para o futuro
Ao completar um século e meio no Brasil, a Igreja Presbiteriana tem grandes bênçãos a agradecer, mas também muitos desafios a enfrentar. Algumas áreas essenciais reclamam a atenção especial de todos. (1) Identidade: sem desprezar a família evangélica mais ampla, há necessidade de fortalecer a consciência denominacional, de cultivar maior espírito de unidade e fraternidade no âmbito da igreja, de aprimorar a formação teológica e pastoral dos ministros e obreiros. (2) Compromisso: os presbiterianos precisam reafirmar sua adesão à fé reformada histórica, sua lealdade aos votos de profissão de fé e de ordenação, sua fidelidade nas responsabilidades financeiras e conciliares. (3) Espiritualidade: o aprofundamento da vida devocional e do culto comunitário deve ter máxima prioridade, mas sempre em harmonia com as convicções e valores bíblicos e reformados. (4) Missões: as igrejas locais e a igreja nacional precisam dar ênfase crescente ao imperativo evangelístico, intensificando seus investimentos espirituais, humanos e financeiros na tarefa mais importante. (5) Testemunho profético: a igreja deve buscar maior envolvimento com a vida e as necessidades do país, o que inclui tanto ações concretas como pronunciamentos freqüentes sobre os problemas que afetam a sociedade. (6) Diálogo: a consciência de que o corpo de Cristo é maior que uma única denominação deve levar à aproximação e cooperação com outros membros da família reformada e evangélica no Brasil e no mundo. Que Deus abençoe a Igreja Presbiteriana em sua árdua e sublime tarefa de evangelizar o Brasil, para que ela o faça com integridade e amor.

Rev. Alderi Souza de Matos
Historiador IPB

AGENDA SÍNODO RIO DOCE

AGENDA SÍNODO RIO DOCE


Neste ano de 2009 temos muito a celebrar!
O Sínodo Rio Doce está engajado nas comemorações dos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao lado dessa significativa data, estaremos celebrando também os 500 anos do nascimento de João Calvino e o Centenário da implantação do presbiterianismo na região do Vale do Rio Doce.
Atos solenes de gratidão a Deus e confraternização da família presbiteriana, farão de 2009, um ano inesquecível. Todos os presbiterianos do Sínodo Rio Doce estão sendo conclamados a participar ativamente das programações previstas.
A Comissão Executiva do Sínodo, Comissões Executivas dos Presbitérios, Diretorias das Confederações Sinodais e das Federações Presbiteriais com seus respectivos Secretários, Pastores, Presbíteros, Diáconos e demais líderes, estão envolvidos na grande mobilização que começa a tomar conta de todo o Sínodo, com vistas à participação nas comemorações. Um grande coral, com cerca de 250 vozes, já está sendo ensaiado; caravanas já começam a ser formadas; enfim, diversas providências já estão em andamento.
As datas e programações já estão todas definidas, faltando apenas a confirmação de alguns nomes, locais e horários.

Divulgue em sua igreja estas informações:


Dias 17 a 19 de abril

Cultos de Gratidão pelos 100 anos da Igreja Presbiteriana Betel
Local: Rua Bazílio M. de Oliveira, 60 - B. São Paulo - Dom Cavati, MG
Pregador: Rev. Amós Ferreira da Cunha
Horário: 19h30


Dia 16 de maio

Culto Sinodal de Gratidão pelos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil
Local: Primeira I. P. de Gov. Valadares - Av. Brasil, 2.837 - Centro - Gov. Valadares, MG
Horário: 19h30
Pregador: Presb. Francisco Solano Portela Neto


Dia 13 de junho

Culto Inter-Sinodal de Gratidão pelos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil (Sínodos: Rio Doce, Leste de Minas, Vale do Aço, Minas-Espírito Santo)
Local: I. P. de Alto Jequitibá - Praça Rev. Mathathias Gomes dos Santos - Alto Jequitibá, MG
Horário: (a confirmar)
Pregador: (a confirmar)


Dias 3 e 4 de julho

Reunião Ordinária do Sínodo Rio Doce
Local: I. P. Betel - Rua Bazílio M. de Oliveira, 60 - B. São Paulo - Dom Cavati, MG
Horários: 18h - Ato de Verificação de Poderes / 19h30 - Culto de Abertura
Pregador no culto de encerramento (dia 04, às 19h30): Rev. Roberto Brasileiro Silva (Presidente do Supremo Concílio/IPB)


Dias 17 a 19 de julho

Simpósio: “500 Anos do Nascimento de João Calvino”
Local: Primeira I. P. Gov. Valadares - Av. Brasil, 2.837 - Centro - Gov. Valadares, MG
Horário: 19h30
Participantes: Rev. Dr. Carlos Ribeiro Caldas Filho (Prof. da Universidade Presbiteriana Mackenzie) (outros nomes a serem confirmados)


Dia 01 de agosto

Concentração Estadual para a comemoração dos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil
Local: (a confirmar) - Belo Horizonte, MG
Horário: (a confirmar)
Pregador: (a confirmar)


Dia 12 de agosto

Culto do Sesquicentenário, na Catedral Presbiteriana do Rio

Sessão Solene da Câmara Municipal de Gov. Valadares, em homenagem à IPB, pelos seus 150 anos
Local: Templo da Primeira I. P. de Gov. Valadares - Av. Brasil, 2.837 - Centro - Gov. Valadares, MG
Horário: 19h

Inauguração do Memorial do Sesquicentenário
Local: Av. Brasil - Gov. Valadares, MG
Horário: 20h30


Dia 15 de agosto

Concentração Nacional para a comemoração dos 150 anos da IPB
Local: Estádio Engenhão - Rio de Janeiro, RJ
Horário: (a confirmar)

Dia 16 de agosto

Cultos locais de Gratidão pelos 150 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil


Por designação da CE/SRD, as comemorações no âmbito do Sínodo Rio Doce estão sob a coordenação do Rev. Eneziel Peixoto de Andrade.
Informações: Telefones: (33) 3271-6868 / 3225-0468 - Cel.: 8407-0165 - E-mail: ep.andrade@uol.com.br